1789 - A Inconfidência Mineira e a Vida Cotidiana nas Minas do Seculo XVIII
Nome do autor: José Martino
Nome dos alunos: Rafael e Luiz André
O livro relata a história de Joaquim José da Silva Xavier, conhecido popularmente como Tiradentes, nasceu em 1746 e morreu em 1792. Podemos dizer que ele foi o dentista mais importante de toda a história brasileira, além de ser militar, tropeiro, comerciante, minerador e um respeitável ativista político, tendo atuado no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Vale ressaltar, que em território brasileiro, Joaquim é conhecido como grande herói da Inconfidência Mineira. Filho de um português proprietário rural e de uma portuguesa que nasceu em uma colônia brasileira, Joaquim José da Silva Xavier, teve oito irmãos. Com apenas 9 anos, sua mãe morreu e apenas dois anos depois, foi a vez de seu pai. Por causa da morte prematura de seus pais, e por ser menor de idade, seu padrinho Sebastião Ferreira Leitão ficou responsável por ele.
2- Na margem direita do Rio das Mortes, localizava-se a Fazenda do Pombal, que pertencia à jurisdição de São João Del Rei, embora o governo, em 1889, tenha dado o nome de Tiradentes para a cidade de São José Del Rei. Nesta fazenda, foi morar um casal de agricultores brancos, cristãos velhos, o português Domingos da Silva Santos e sua esposa brasileira, dona Antônia da Encarnação Xavier. Após muito trabalho no amanho da terra, o agricultor prosperou, passando a se dedicar também à mineração. Em pouco tempo, já possuía 35 escravos, embora não chegasse a ser rico. Com a consequente melhora de
vida, Domingos resolveu se aventurar na política, tendo sido eleito para o cargo de vereador da Câmara de São José Del Rei entre 1755 e 1757. Também ocupou o cargo de almotacé, um importante posto de fiscal na época do Brasil colônia, função só exercida por pessoas de total confiança pelos membros do Senado da Câmara. Aos almotacés cabia fixar e taxar os preços dos gêneros alimentícios, cuidar da distribuição dos mantimentos e zelar pela exatidão de pesos e medidas. Portanto, a família de Tiradentes não só possuía certo prestígio, como alguns bens, dentre eles, a própria Fazenda do Pombal.
3- Sebastião Ferreira Leitão era dentista e, vendo que o menino se mostrava bastante interessado na profissão, aos poucos passou a lhe ensinar os rudimentos do ofício.
Dizem que ele se dedicou com tal afinco a este trabalho, que logo já era capaz de arrancar dentes com bastante ligeireza e fazia próteses muito semelhantes a dentes verdadeiros. Foi uma atividade que desempenhou ao longo de toda a sua vida, mesmo quando exercia as funções de alferes na Companhia dos Dragões. Muitas vezes, tratava seus pacientes sem nada lhes cobrar, bastando para si apenas a certeza de que estava levando alívio e conforto aos seus semelhantes.
4- Se somarmos todos os seus bens, chegaremos à conclusão de que Joaquim José da Silva Xavier não era tão pobre assim como apregoam. Além do dinheiro que conseguia trabalhando eventualmente como dentista, recebia 24$000 (vinte e quatro mil réis) de soldo pelo seu posto de alferes. Possuía um sítio grande, com cerca de oito sesmarias de terras[19], situado num local conhecido como Rocinha da Negra. Nesta propriedade existiam casas, monjolo, senzala, matos virgens, capoeiras, águas minerais, tendo sido avaliada em 700$000 (setecentos mil réis). Além disso, tinha um crédito de 200$000
(duzentos mil réis) com certo João Pereira de Almeida Beltrão, sem dizer que era proprietário de três escravos (Francisco Caetano, Bangelas e João Camundongo) e uma escrava (Maria Angola), com seu filho de dois anos. Ao todo, os seus bens foram avaliados judicialmente em 797$979 (setecentos e noventa e sete mil, novecentos e setenta e nove réis), um valor bem acima do patrimônio de Tomás Antônio Gonzaga, por exemplo. Se Tiradentes não chegava a ser rico, também não era tão desprovido de bens como a historiografia tradicional costuma pintá-lo, alegando que ele foi o único inconfidente que
morreu na forca porque era pobre.
5- Com a morte de seu pai em 1757, o jovem rapazinho viu-se obrigado a ir atrás de trabalho para ajudar a família. Pouco tempo se dedicou a cultivar a terra, pois não lhe agradava ser lavrador. Decidiu, portanto, morar com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, que passou a lhe ensinar o ofício de arrancar dentes, como já ficou dito. Na verdade, a profissão de dentista foi uma atividade secundária de Joaquim José da Silva Xavier que, mesmo depois de ter ingressado para a Companhia dos Dragões, continuou a exercê-la sempre que podia. Através dela, conseguia entrar na casa de senhores abastados, tendo acesso a muitas residências onde seus colegas inconfidentes não podiam penetrar. Graças a isso, pôde conhecer muita gente importante e sondar os seus reais interesses quanto ao movimento de libertação da pátria.
6- Por ser destemido e determinado, destacou-se como alferes, tornando-se um soldado exemplar. Era ele quem sempre acabava sendo escolhido para ficar com as tarefas mais arriscadas e difíceis. Mesmo assim, em quatorze anos que serviu como alferes, jamais foi promovido, enquanto que outros iam galgando os postos, ainda que tivessem ingressado na carreira militar bem depois dele. É provável que Tiradentes não tenha subido de cargo por ser mazombo[21], porque os portugueses não apreciavam a ideia de serem comandados por brasileiros.
7- Até onde se sabe, o alferes não foi muito feliz no amor. Ele era bastante mulherengo e teve várias mulheres, mas todos os seus casos foram efêmeros. Gostava das mocinhas trigueiras, sobretudo se fossem novas. Porém, não se casou na igreja, permanecendo solteiro por toda a vida. De acordo com o cônego Luís Vieira da Silva, um dos personagens mais importantes da inconfidência mineira, Joaquim José adorava frequentar prostíbulos e vivia prometendo prêmios futuros para as meretrizes, tão logo a república se formasse no Brasil, talvez para conseguir favores sexuais sem precisar pagar.
8- Tendo nascido em Vila Rica no ano de 1760, José Álvares Maciel pertencia a uma das famílias mais ricas e importantes da cidade. Seu pai era o capitão-mor José Álvares Maciel, homônimo do filho, e sua mãe Dona Juliana Francisca de Oliveira Leite. Em 1782, embarca para a Europa com o objetivo de estudar na Universidade de Coimbra.
9- “Queremos a pátria independente, a cultura livre, a exploração livre, a abolição dos impostos, que são o cativeiro e o roubo, a Universidade, e conosco a Justiça, a Administração e o Governo”.
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