1- O que definiu o Convênio de Taubaté? O que estas medidas trouxeram?
Pág. 30 e 31
Convênio de Taubaté (1906), que definiu as políticas da alta artificial do câmbio e de financiamento da cafeicultura com recursos federais. Essas medidas trouxeram lucros prodigiosos aos fazendeiros paulistas, ao mesmo tempo que acarretaram o enfraquecimento e a estrangulação econômica do restante do país. Mas nem foi essa a principal iniciativa de Rodrigues Alves em favor dos interesses maiores de seus confrades fazendeiros de São Paulo (de resto, ele nunca foi pessoalmente favorável aos termos do Convênio de Taubaté).
2- Descreva as ruas da cidade e o tráfego de veículos. Pág. 32
O tráfego dos veículos que começavam a ser usados nessa atividade, como carroças, charretes e carrinhos de mão, se embaraçava nessa rede confusa de ruelas. Em suma, a cidade, com desenho e proporções coloniais, não era mais compatível com a função de grande metrópole que a atividade
febril do porto lhe impingira. E de nada adiantaria reformar, ampliar e modernizar o porto, se a cidade continuasse tolhendo a possibilidade de movimentação das mercadorias com rapidez, desembaraço e em grande volume.
3- Quais moléstias existiam no Rio de Janeiro? Explique sobre a febre amarela. Pág. 32
moléstias: febre amarela, febre tifoide, impaludismo, varíola, peste bubônica, tuberculose, entre outras.A febre amarela, em particular, manifestava toda a sua violência para com estrangeiros e migrantes de outros estados. Sua fama era internacional, e tornava o Rio de Janeiro conhecido no exterior como “o túmulo dos estrangeiros”.
4- Quais obras foram atribuídas a Lauro Müller? Explique. Pág. 34
Lauro Müller, ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas, é atribuído o encargo de reforma do porto, com poderes e recursos discricionários. A lei orçamentária de 30 de dezembro de 1902 viria, de fato, dotar o Ministério da Viação de vultosos recursos destinados às obras de reestruturação e expansão do porto. Além de modernizar o cais já existente, havia o plano de alargar as instalações portuárias da Prainha, passando pela praia de São Cristóvão, até a ponta do Caju.
5- O que o presidente Rodrigues Alves concedeu ao engenheiro Pereira
Passos? Explique. Pág. 35
Rodrigues Alves lhe concedeu então carta branca por meio da lei de 29 de dezembro de 1902, que criava um novo estatuto de organização municipal para o Distrito Federal. A lei era equívoca, bitrária e visivelmente anticonstitucional, atribuindo poderes tirânicos ao prefeito e retirando qualquer direito de defesa à comunidade.
6- Quais foram as exigências de Osvaldo Cruz para realizar a campanha de erradicação das endemias? Pág. 36
Osvaldo Cruz impõe igualmente condições severas ao presidente, conforme nos relata o repórter do Jornal do Comércio, presente ao encontro decisivo dos dois personagens. Exige o médico: “Preciso de recursos e da mais completa independência de ação. O governo me dará tudo de que necessite, deixando-me livre na escolha de meus auxiliares, sem nenhuma interferência política”.
7- Como a reforma urbana foi saudada pela imprensa conservadora? Pág. 42
O processo de reforma urbana foi saudado com entusiasmo pela imprensa conservadora, que a denominou de “Regeneração”. Essa era a voz dos beneficiários do replanejamento, aqueles que herdariam, para o seu impávido desfrute, um espaço amplo, controlado e elegante, onde antes não podiam circular senão com desconforto e sobressalto.
8- Resumir a descrição do pesquisador Jaime Larry Benchimol. Pág. 44
Uma comissão nomeada pelo ministro da Justiça e do Interior em 1905, quando estavam em curso as obras de Pereira Passos, constatou que, até aquela data, a administração municipal e da Saúde Pública haviam demolido cerca de seiscentas habitações coletivas e setecentas casas, privando de teto pelo menos 14 mil pessoas. Centenas de outras famílias foram desalojadas, desde então, e não só pelas demolições ostensivas da prefeitura ou do governo federal: a especulação com o solo, feita pelas companhias de bondes, de serviços públicos e de loteamentos, com o patrocínio dos poderes públicos; os novos impostos que acompanhavam o fornecimento de serviços como iluminação elétrica, calçamentos, esgotos; as posturas municipais estabelecendo normas arquitetônicas para as construções, proibindo o exercício de determinadas profissões, ou a criação de animais domésticos, indispensáveis para a subsistência alimentar das classes trabalhadoras – tudo isso atuava como poderosa força segregadora.
O Libertário, comentava assim a inauguração da avenida Central, que o governo consagrou com uma festa estrepitosa e monumental: “É vicioso dizer ao operário consciente o que foi o trabalho da grande artéria: uma miserável exploração do trabalhador inconsciente e passivo. Era de ver todas as noites, antes da inauguração, dezenas de homens, movendo-se à luz de lâmpadas elétricas, num trabalho fatigante até pela manhã, por um miserável e ridículo salário”.
10-Copie o registro de Lima Barreto no seu Diário íntimo. Pág. 50
Eis a narrativa do que se fez no sítio de 1904. A polícia arrepanhava a torto e a direito pessoas que
encontrava na rua. Recolhia-as às delegacias, depois juntava na Polícia Central. Aí, violentamente,
humilhantemente, arrebatava-lhes os cós das calças e as empurrava num grande pátio. Juntadas que
fossem algumas dezenas, remetia-as à Ilha das Cobras, onde eram surradas desapiedadamente. Eis o
que foi o Terror do Alves; o do Floriano foi vermelho; o do Prudente, branco, e o Alves, incolor, ou
antes, de tronco e bacalhau [chicote].
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