A Ditadura Militar no Brasil 1- Tortura corrompe. Mas os que dizem não ter havido corrupção na ditadura, na medida em que a imprensa era proibida de divulgá-la, só se importam com patrimônio. Para eles, corrupção é apropriação indébita. Matar e torturar seriam pecadilhos. O ministro Armando Falcão, pilar da ditadura, chegou a dizer: “O problema mais grave no Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”. Com o AI-5, de 1968, a ditadura dotou-se de mecanismo mais contundente para confiscar bens de corruptos. A Comissão Geral de Investigações, de 17 de dezembro de 1968, propunha-se a “promover investigações sumárias para o confisco de bens de todos quanto tenham enriquecido ilicitamente, no exercício do cargo ou função pública”. A roubalheira correu solta durante todo o regime militar. Carlos Fico conta que, entre 1968 e 1973, auge da ditadura, a CGI analisou 1.153 processos de corrupção. Aprovou 41 confiscos de um total de 58 pedidos.
PESQUISANDO HISTÓRIAS - ESCOLA PIO XII - CHARQUEADAS/RS - PROFESSOR: JOSÉ EDIMILSON